23 de setembro de 2008

Vaidade

Vaidade:
Qualidade do que é vão, instavél, ou de pouca duração. Desejo imoderado e infundado de
merecer a admiração dos outros. Vanglória, ostentação, futilidade.


O "mundo" se prende à vaidade mas não gosta que ao invés de "lindos", "maravilhosos" ou algum outro elogio, sejam chamados "fúteis", "egocêntricos".
Fácil é querer ser admirado, difícil (para muitos) é admirar quem está em volta.

Cansei de ver mulheres e homens que pareciam admirar alguém e era só aparecer uma brecha que já caiam em cima da pessoa ressaltando o primeiro "defeito" da mesma.

Essa competição imatura por beleza que acontece atualmente não entra em minha cabeça.

Vejo muitos falando que "o que importa não é o exterior e sim o interior", mas se for preciso escolher entre um galã de novela com pouco conhecimento e um "feioso" intelectual, não há dúvidas em minha cabeça de que o "galã" seria escolhido.
Ainda vale ressaltar que o galã pode ser $LINDO$!!!!!

Sim! Entre cifrão pra mostrar que a beleza de alguns está no bolso.
E não, meu comentário não foi machista, tenho certeza absoluta que homens também fazem isso.
Sem duvidas é possível usar o mesmo exemplo.

Mas a vaidade, ultimamente, parece ser um vício. São mulheres comprando maquiagens até se desfigurarem de tantos borrões na face, homens gastando tanto dinheiro com "nutrientes" para ter um "corpo melhor", tantas pessoas caindo no erro de se fazerem passar por algo que não são.

Seria a mesma coisa que se pegar um DVD de ação, retirá-lo de sua capa original e guardá-lo em uma capa de filme de romance. Ou então, cortar a capa de um livro dramático e colar as páginas em uma capa avulsa de um livro de comédia.

O que realmente somos não é o que os olhos vêem. Não é possível conseguir um casamento por ter um peito de pombo, por ter um rosto sem rugas, ou por outra característica.

As pessoas na busca de um relacionamento duradouro, fazem de si próprias monstros sem rótulo.

Talvez os "frankensteins" que tanto gostam desta inútil vaidade não pensem nem em um relacionamento recíproco. Talvez a eu seja tão importante que o tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas não existam mais para a pessoa.

Então quando a busca real começar, talvez seja tarde demais... Talvez o eu tenha tomado tanto tempo dessa pessoa que assim que uma busca exterior começar, os outros não mais tenham interesse.
Finalmente, num súbito ato de desespero, a pessoa lamenta, se perde, tenta voltar a achar o eu, mas até o próprio eu foge. Desespero, angústia, solidão e por fim, uma raiva do mundo que "não aceita" as pessoas.
E então eu torno a perguntar: A vaidade é realmente tão valiosa?

Nenhum comentário: